12 agosto, 2014

A OPORTUNIDADE DE PROPOR UMA NOVA ABORDAGEM ECONOMICA



A OPORTUNIDADE DE PROPOR UMA NOVA ABORDAGEM ECONÔMICA


UMA CIDADE SEM MINERAÇÃO.

Ou não será, se os mesmos erros forem mantidos. Será o governo mais caro da histórica de Parauapebas. Os gastos espetaculares e sem licitação, o aumento insano dos gastos com obras antigas, a falta de planejamento e estrutura tecno-administrativa e a grande distancia dos atos executivos da legalidade, podem jogar por terra todas as possibilidades da cidade.  Valmir precisa repensar seu governo urgente.






Recentemente fui abordado na rua por um conhecido, perguntando se a classe política tinha despertado para minhas ideias e crenças em relação a VALE e sua impagável divida com Parauapebas. Esta visita de Valmir a sede no Rio, foi precedida da minha visita, no distante 1996, para defender a Integral e falar de Valmir quando, na privatização, o novo gestor da empresa queria cortes de custo de até 40% nos contratos correntes. Reuni vários empresários na época e Valmir foi o único a ir até o fim. Elaboramos um consistente documento: AMBIENTE DE MUDANÇAS: PROPOSTA DE REDUÇÃO DE CUSTOS E AUMENTO DE PRODUTIVIDADE E RIQUEZAS.  Munido dessa proposta, peguei o vôo em Carajás até o Galeão e de lá, à sede da VALE, onde fui recebido por Ricardo Brito, então nosso parceiro local. Foi uma proposta de manutenção da Integral na Mina de Ferro, porque tinha as melhores condições de fazer a manutenção da mina, a custo controlado. Neste momento, haviam montado  a KASERGE e a MSE para assumir os serviços gerais e de manutenção mecânica. E avisamos que não daria certo, seria mais um erro, além da privatização e no curto prazo. Estas empresas foram encerradas anos depois, com enormes prejuízos. Naquele distante 1996, ainda no Rio tivemos noticias de ampla movimentação em torno da Integral aqui em Carajás. 


 Resultado histórico: todos os empreiteiros locais sumiram, ficando apenas a empresa do Valmir, em parte sustentada por forte e maciça  presença da nossa consultoria. Nosso trabalho, nestes anos todos, acabaram gerando o livro MANUFATURA,  hoje a venda nas livrarias. Passamos todos estes anos, junto da Integral e seus  proprietários, construindo a historia da única empresa do sul/sudeste do Pará, certificada com a ISO 2001, trabalho inicialmente apenas meu (1994), depois da Leudicy (2000) e novamente meu, (2002), quando revi o trabalho da mesma, alterei profundamente seus fundamentos e certificamos orgulhosamente a Integral.  Quando alteramos a percepção de gestão, de comprometimento e envolvimento de todos os elementos no processo de crescimento ordenado, de competência e sobrevivência empresarial. A Integral sobreviveu. Valmir sobreviveu e hoje é o prefeito de Parauapebas. Todas as pessoas envolvidas naquele processo estão ai, Célia, Elson da Usimig (que inclusive registrei), Pavão, Raimundo Qualidade (Omega Engenharia), Márcia (secretaria de Valmir) e tantos outros.


 
Falei com Valmir no dia e hora em que estava se dirigindo para esta reunião da foto. Estou escrevendo porque temos outras propostas para o destino de Parauapebas. Pensamos em desenvolvimento sustentável, o contrario e um curativo a loucura vista até aqui. Sofrimento, degradação, manipulação populacional, corrupção e excessiva produção mineral. Hoje acreditamos, vendo o que a China esta fazendo com o mineral comprado aqui –  o mercado secundário da Ásia é preocupante, pelos preços vis que entregamos nosso subsolo e seus recursos não sondados: ouro, urano, manganês, recursos biológicos e florestais não mensurados e etc, quem entende sabe do que estou falando, e ainda vamos entregar a VALE projeto de  distrito minero –industrial? Acho que, mais uma vez, daqui a 10 anos, vou escrever novamente o mesmo (aqui: blogdoprefeito.blogspot.com), porque, na organização atual em que se encontram as forças políticas e econômicas da região,  um distrito nestes moldes é apenas propaganda fantasiosa. De onde virão os recursos, os investidores? Basta ainda olhar para o distrito industrial de Marabá, Ananindeua e tantos outros repletos de boa intenção.


 Não conhecemos Parauapebas. Não conhecemos e ainda não discutimos os propósitos para a decretação do Território Federal de Carajás. Não estudamos impactos regionais e tendências produtivas concorrentes. Nem temos um sistema de energia, água e esgoto confiáveis. Acredito que precisamos do apoio da VALE. Precisamos que esta empresa devolva a cidade ao menos 1% de tudo que tira daqui. É louvável a iniciativa, muito importante, mesmo porque nunca houve tal movimento e novamente afirmamos que este momento esta sendo possível devido nosso trabalho de consultoria ao prefeito. Fomos os primeiros a orientar a administração para trazer recursos humanos e administrativos da maior mineradora de ferro do mundo, para ajudar a reparar a má gestão, a corrupção e a perda de tempo, numa cidade fundada exclusivamente para sua manutenção.


Mas acredito tremendamente que é momento de avançar. Começar por ações complementares, encandeáveis e gradativas. Leiam aqui: nossosservicos1.blogspot.com e vejam de que estamos falando. Nossa proposta para o distrito Industrial de Parauapebas é diferente, é sustentável. Ela ajuda a complementar as compras publicas. No distrito teremos preocupação em garantir a instalação de empresas verdes, sustentáveis. Para a preservação do Estado do Pará. Para mitigar parte dos problemas recorrentes do estado atual.



E porque não estamos falando em serviços? Um distrito de serviços financeiros ou de eletroeletrônica ou administrativos. É o topo da cadeia econômica, a prestação de serviços. IBM, METSO, CAT, HP, e tantas empresas migraram da produção industrial para a prestação de serviços e todas estão milionárias. Ou você acredita que a  NIKE faz suas bolas e trajes esportivos? A APPLE produz industrialmente seus IPADS  e IPHONES? HÁ MUITO ELAS ENTREGARAM SUA PRODUÇÃO BRUTA PARA LOCAIS ERMOS DO PLANETA, para a periferia. ESTA É A  PROPOSTA APRESENTADA A VALE. Agora imaginem a enormidade de impedimentos ambientais e ecológicos para a instalação de um pólo mínero-industrial bem na entrada da Reserva Florestal de Carajás. Bem, dirão, tudo é possível, já há exploração mineral na região e dentro da floresta. Eu digo, é justamente contra isto que devemos deter a expansão dessa destruição da natureza aqui no sul do Pará. Se podemos  optar, neste momento pelo  planeta e frente a destruição já em curso, vamos optar por frear esta loucura. Se precisamos de novas matrizes econômicas e devemos optar, vamos optar pela sustentabilidade. 



Propomos que a VALE ouvide esforços para a implantação de uma praça financeira em Parauapebas, Marabá ou Belém ou São Luis. Um sistema de comercialização de ações, commodities aqui, perto de suas minas. Ainda, os laboratórios de mineração, de  produção biológica. A vinda de institutos que estudam o meio ambiente, a floresta, as sociedades do em torno, como a China esta fazendo com as grandes escolas americanas e européias. Todo crescimento econômico e a inserção da nossa região no mapa do mundo podem ser limpas, honestas, sustentáveis e garantidoras do futuro das águas e da floresta para sempre.

Sinceramente trabalho para o governo Valmir ser um  marco divisor no destino histórico de Parauapebas. E pode sê-lo, se ele quiser. Se fizer as apostas corretas e necessárias. Não acredito em acordo com o PT, com vereadores, acho todos inúteis e apenas oportunismo de momento. Ações de governabilidade se faz com prestação de serviços honesto e certo, de pessoas boas e comprometidas com o melhor futuro para nossa cidade. Quero estar nestas negociações sobre o futuro de Parauapebas.



Aquele amigo que me saudou e fez as perguntas, todos que trabalham comigo sabem das minhas intervenções junto ao governo municipal, fazendo proposições, interpondo idéias e levantando preocupações com o destino de Parauapebas.

 

Nossa pauta para o desenvolvimento propõe um amplo ouvido a população em geral, ambientalistas, geólogos, fazendeiros, empresários, prestadores de serviços, juristas, economistas, financistas, jovens e  todos que quiserem opinar. Alternativas ao ciclo mineral precisam ser implementadas já, o futuro vai nos julgar por esta paralisia, esta moleza em tomar decisões. Não podemos retroceder ao passado. Encerrar o ciclo da mineração e reconstruir ou construir um ciclo de sustentabilidade e preservação ambiental poderá ser nosso futuro. E muito mais lucrativo que a devastação das matas, dos rios, do subsolo. Não somos contra a mineração, não somos loucos. Somos contra a falta de controle, a desinformação e o controle populacional. Não sabemos o que sai de Carajás. Não sabemos o valor de uma castanheira milenar, de qualquer outro vegetal e seus recursos medicinais. Neste momento damos valor apenas ao minério, isto é uma sandice. Podemos mudar isto, com a nova proposta para  a nova produção econômica de Parauapebas. E com a parceria com a VALE, de predadora a conservacionista. Ficará bem para  o mundo.


O novo ciclo mineral que se avizinha, com a abertura da ultima mina a céu aberto do país, é promissor para a retomada imediata dos negócios em Parauapebas. Mas este surto, com prazo de começo e fim, é nossa poupança e tempo para implementarmos as soluções definitivas e mantenedoras do crescimento sustentável de Parauapebas e região sul/sudeste do Pará – Território Federal de Carajás. A nova mina não pode nos cegar a vender a crença de que esta tudo bem. Não podemos e nem devemos continuar como aposentados da VALE, vivendo de suas migalhas ou sobras miúdas depositadas mensalmente. É muito pouco. Vejam o  relatório semestral de produção, comercialização e lucro link e compreendam que a única saída é a diversificação e o encontro do destino histórico dessa  região sitiada.



 Observações finais
... Ao afastar  as pessoas que ganharam as eleições com ele, ao criar um clima de separação e hostilidade com a vice-prefeita, que nem lanche é servido mais em seu gabinete, ao fazer acordos e acordos e não cumpri-los, estará a cada dia, deixando a descoberto seu governo, sua liberdade e seus parceiros atuais.


Não há garantias em relação a ilegalidade. O prefeito de Campinas, do PT, caiu. Varias outras cidades brasileiras e paraenses, por muito pouco em relação ao que vemos em Parauapebas, caíram. Não se pode confrontar a todos e sair vencedor. Eu negociaria. E sobretudo parava de praticar ilegalidades. As margens da gestão publica, a despeito de procuradores super ainda são  a lei 8666 e a LDO. Não se tem ainda autoridade para ignorar estas leis.

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